terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Tri da Libertadores e o início do embate entre as escolas: Menotti x Bilardo


Equipe campeã da Libertadores em 1969.

No campeonato nacional o Estudiantes continuava com campanhas destacadas, no Metropolitando de 1968 foi novamente vice-campeão.
Após derrotar o Vélez Sarsfield nas semifinais foi derrotado na final no estádio Monumental pelo San Lorenzo por 2 x 1.
Em 13 de Fevereiro de 1969, o Estudiantes disputou e ganhou a Copa Interamericana contra o Toluca do México, jogando as partidas finais no Estádio Asteca na Cidade do México e em seu estádio em La Plata.
Entretanto, com curiosa vitória para os visitantes nas duas partidas e em ambas por 2x1, tornou-se necessário uma partida de desempate, realizada no estádio de Montevidéu, com vitória dos pincharratas por 3x0, dois gols de Marcos Conigliaro e outro de Eduardo Bocha Flores.
Outras duas vezes consecutivas o Estudiantes de La Plata, seria campeão da Libertadores.
Em 1969, foram necessários apenas dois jogos.
Na época, o campeão da última edição, se classificava direto à semifinal: o clube de La Plata, campeão em 1968, derrotou a Universidad Católica e depois o Nacional do Uruguai, onde jogavam os experientes Manga e Ancheta.


Em outubro, jogaram o mundial de clubes contra o Milan da Itália.
Perderam por 3x0 na Itália e tentaram vencer na base da pressão em La Bombonera.
A vitória por 2x1 não foi suficiente, para dar o título ao Estudiantes. O Milan foi campeão e as agressões desmedidas no campo de jogo levaram três jogadores pinchas - Poletti, Manera e Suárez – para a delegacia.


Em 1970, mais uma vez classificado direto às semifinais, o Estudiantes venceu o River e depois o Peñarol de Figueroa.
Só foi preciso um gol, marcado por de Togneri, no primeiro jogo e depois segurar um empate em 0 x 0 no estádio Centenário para que o Estudiantes de La Plata chegasse ao terceiro título consecutivo da Copa Libertadores da América.


Jogaram a Copa Intercontinental contra o Feyenoord da Holanda, empatando em 2x2 na Bombonera e perdendo por 1x0 no De Kuip, em Roterdã.
Em 1971, mais uma vez o Estudiantes chegaria à final do torneio continental, e novamente contra o Nacional de Montevidéu, perdendo por 2x0 num jogo de desempate em Lima no Peru, após vitórias de 1x0 para cada equipe quando jogaram em casa, nos chamados jogos de "ida e volta".
A partir desta maravilhosa época uma série de idéias e atitudes desenvolvidas pelo clube Estudiantes de La Plata, passaram a ser adotadas por várias equipes na Argentina e no Mundo, tais como:


- Concentração dias antes de um jogo (até então,novidade na América)


- Jogadas ensaiadas, inclusive com bola rolando, com subidas ao ataque do zagueiro Madero e do lateral Manera, o que era muito incomum naquela época.


- Estudo detalhado do adversário

-  Foi a primeira equipe a usar a linha de impedimento voluntariamente (famosa "linha burra")

A origem do embate entre "escola Menotti" x "escola Bilardo"


Muitos críticos de Zubeldia,acusavam sua equipe de praticar antifutebol, fazendo referência a supostas condutas antidesportivas de alguns jogadores, principalmente os defensores, que serviram de exemplo para um modelo de futebol baseado na disciplina tática e "jogo duro".


Desde então, calorosos debates sobre duas correntes futebolísticas distintas começaram a ganhar destaque na Argentina.
De um lado os defensores daquela Argentina campeã do mundo em 1978 com Menotti, adepta do estilo clássico mais ofensivo, e do outro, os fãs da equipe bicampeã do mundo em 86, tendo como treinador,Carlos Bilardo, um dos símbolos do Estudiantes de Zubeldía.
Depois de Don Osvaldo Zubeldia, Bilardo é a pessoa mais importante da historia do Estudiantes. Foi volante e capitão da equipe que ganhou "tudo" na decada de 60.
Bilardo foi o tecnico nos titulos de 80, o que o levou ao comando da seleção argentina.
Carlos Bilardo, retornou ao comando técnico do Estudiantes de La Plata 6 anos atrás, quando reestruturou a equipe e lancou as bases das recentes conquistas do clube.


Fonte: Gustavo Lopes Machado, torcedor e destacado pesquisador da história do Estudiantes de La Plata.

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