quinta-feira, 24 de setembro de 2009

JOGOS HISTÓRICOS - continuação 04

Copa Libertadores 2006 - Estudiantes 4 x 3 Sporting Cristal
Em, 21/02/06

Na Copa Libertadores de 2006, o Estudiantes de La Plata, deu uma grande demonstração de sua “mística qualificada”, ao vencer as 5 partidas que disputou em casa, todas sem exceção, com gols nos momentos finais dos jogos.
Um primeiro exemplo, foi a virada contra o Bolivar da Bolivia, com um gol de Pavone aos 46 minutos do segundo tempo, quando naquela altura do jogo, os Pinchas, estavam sendo eliminados.
Apesar de alguns bons jogadores como Pavone, Calderon, Braña e Ernesto Sosa, aquela equipe do Estudiantes era bem limitada no gol, na zaga e sem um destacado meio-campista que comandasse a equipe dentro de campo.
Angeleri por exemplo, estava em má fase e era “banco”.
Ainda assim, aquela equipe se superava pela raça e pela vontade de um grupo quase todo formado nas divisões de base do Estudiantes.
Seria o embrião da forte equipe montada no segundo semestre que acabou conquistando o Apertura 2006, tendo como principal nome, Juan Sebastian Verón, que em 5 de junho deixava a Internazionale de Milão e era apresentado em La Plata, para um contrato em princípio de 1 ano.
Pois bem, após perder na altitude da Bolívia para o Bolívar na estréia, o Estudiantes de La Plata, precisava de um resultado positivo a todo custo, na segunda rodada, contra o Sporting Cristal do Peru.
Jogando em casa, mas afobado por querer definir logo o jogo, o Estudiantes terminou o primeiro tempo perdendo por 3x0 para o limitado time peruano.
Mais inacreditavel do que este resultado adverso em plena La Plata, foi o comportamento da torcida pincharrata, que lotou o estádio do Quilmes, não parando de incentivar a equipe um único segundo sequer, mesmo vendo sua equipe perdendo em casa para uma equipe tecnicamente inferior.
No segundo tempo a mencionada “mística qualificada” prevaleceu.
O Estudiantes voltou motivado e confiando na virada aparentemente impossível.
Pouco a pouco a diferença no placar foi diminuindo.
Calderon fez 2 gols na primeira metade da segunda etapa.
Aos 35 minutos do segundo tempo, Pavone empatou a partida em 3 x 3.
E aos 45 minutos da etapa final, Luguercio fez o histórico gol da virada, para delirio da torcida pincharrata e mandando assim, um “claro recado” a toda América:

Em se tratando de Copa Libertadores da América, independentemente da condição técnica de momento, Estudiantes é Estudiantes!

Fonte: Gustavo Lopes Machado, torcedor e destacado pesquisador sobre a História do Estudiantes de La Plata.




"Sin grandes hombres en la cancha, ni dominio tactico y tecnico de la pelota, no hay como manifestar la mistica".

(Renato Zanata)

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